Setembro chega como um convite à seleção consciente: escolher o que já não nos nutre e abrir espaço para o que nos conduz ao mais – mais vida, mais saúde, mais evolução, mais alegria e melhores relacionamentos.
É essencial recordar, ao longo do caminho, que fechar portas faz parte do processo. E isso não se aplica apenas a mudanças externas – como trabalho, casa, relacionamentos ou grupos – mas sobretudo a hábitos internos: formas de pensar, de sentir, de reagir e de viver que já não servem ao nosso crescimento.
Com os nodos do destino no eixo da cura espiritual (Virgem–Peixes), esta energia toca a todos, estejam ou não conscientes dela.
Se nos agarrarmos aos mesmos padrões, permaneceremos presos ao mesmo estado emocional e mental. Não há transformação possível sem uma mudança na forma de pensar.
E como Virgem é um signo de natureza profundamente mental e racional, este é o momento ideal para voltar a observar a mente com atenção, praticando uma verdadeira autoconsciencioterapia. A clareza virá ao perguntarmos com sinceridade:
Que formas de pensamento já não sustentam a nossa evolução?
Setembro também desperta curas emocionais e ativa questões de saúde.
Como o arquétipo de Virgem está ligado ao stress e ao sistema nervoso, a forma mais evidente de perceber que algo não vai bem no campo emocional será através do corpo. Sintomas físicos tornam-se sinais de que mudanças internas precisam ser feitas.
O eclipse de 7 de setembro traz então um convite à desintoxicação do corpo, da mente e da alma. Este fenómeno mexe com o nosso corpo energético, despoletando sintomas e revelando situações que pedem cura holística. É como um processo de limpeza profunda, tanto da casa externa quanto da casa interna.
Quando iniciamos uma limpeza profunda numa casa, o primeiro impacto é quase sempre o caos: descobrimos pó acumulado, objetos antigos que já não fazem sentido, coisas que precisam ser desapegadas. Então vem tudo à superfície. A desordem torna-se visível. Mas aos poucos, ao libertar espaço, o ambiente transforma-se — fica mais arejado, leve, luminoso e agradável de habitar.
O mesmo acontece connosco. Se não fazemos essa renovação energética, acumulamos densidade e estagnação. Assim como uma casa fechada começa a ganhar um cheiro desagradável, também o nosso corpo energético se impregna quando não o purificamos. A limpeza, embora desconfortável e exigente no início, é a chave para recuperar vitalidade, clareza e bem-estar.
Na prática, isso significa libertar pessoas, mágoas, crenças, trabalhos, vínculos e hábitos que contribuem para o nosso adoecimento. O eclipse pede coragem para largar o peso do passado e preparar o terreno para um caminho mais evolutivo e alinhado com a nossa programação existencial.
Por isso, setembro não será apenas um mês de transição sazonal. Este ano ele torna-se num portal de abertura de um processo de cura e seleção.
Ao escolhermos com consciência o que manter e o que deixar ir, abrimos espaço para um novo ciclo mais leve, saudável e pleno de significado.
Para concluir, e para não tornar este artigo demasiado extenso, deixo apenas o essencial: este eclipse realmente pede que libertemos o “hábito” do passado e, com confiança, permitamos que a vida nos conduza a um patamar mais elevado do nosso próprio ser.
Com carinho,
Patrícia