Lembram-se de eu ter partilhado que 2025 seria um ano regido pela polaridade Yin?
Este é um tempo especialmente propício para trabalhar a energia do feminino — dentro de nós, nas nossas relações e no mundo à nossa volta.
Quero partilhar convosco um exemplo de desequilíbrio yin que tem surgido muito nas sessões e conversas que tenho tido: o cansaço extremo.
Do ponto de vista sistémico, o cansaço profundo indica que a pessoa está a ir “contra” o fluxo natural da vida.
Do ponto de vista espiritual, mostra um afastamento da própria essência e do propósito de vida.
Energeticamente, é um sinal claro de desequilíbrio no ciclo de interligação entre o Yin e o Yang.
Este desequilíbrio manifesta-se também através de insónias.
Não falo daquela dificuldade em adormecer, mas de acordar várias vezes durante a noite, especialmente entre as 3h e as 4h da manhã. Este padrão é um alerta: pode estar ligado a um estado depressivo e à falta de serotonina — ou seja, uma desconexão com a força vital e com a alegria de viver.
Estes são apenas alguns exemplos. Mas tanto o cansaço como as insónias estão profundamente ligados ao feminino e à polaridade yin — e a forma mais profunda de trabalhar isso é através do autoconhecimento.
É claro que mudanças na rotina, alimentação e descanso são importantes (Aqui a Medicina Chinesa é TOP). Mas, sem uma verdadeira transformação interior, o equilíbrio energético não se sustenta.
Mais cedo ou mais tarde, o corpo e a vida manifestam os desequilíbrios que, ainda que comecem de forma subtil e energética, acabam por se refletir na mente e na saúde física.
O mesmo acontece com a vida relacional e com as experiências que atraímos: tudo começa no nosso campo energético. Quando o movimento entre yin e yang está em desarmonia dentro de nós, isso vai inevitavelmente refletir-se fora — nas relações, nas situações, nos desafios.
E este ano traz uma oportunidade muito forte de começar a trabalhar tudo isto.
Além da energia Yin que marca 2025, desde 26 de março até 20 de dezembro vivemos um movimento astrológico desafiante: a Lua Negra entrou no signo de Escorpião, expondo a sombra do arquétipo da Grande Mãe e do Feminino.
Com isto, o Universo convida-nos a refletir sobre o nosso nível de evolução da consciência em relação às feridas do feminino — injustiças, repressões, humilhações, abusos, violências e dinâmicas de poder entre o masculino e o feminino — presentes tanto nas nossas histórias pessoais como no coletivo.
A grande questão é: de que forma cada um de nós escolhe posicionar-se na sua própria energia?
Qual o grau de consciência que temos sobre a nossa dinâmica interna do feminino?
Como reconhecemos o impacto dessa energia nas nossas decisões, nas nossas relações e na forma como ela se manifesta na nossa vida e na nossa esfera emocional?
E, por fim, de que maneira tudo isto reverbera no inconsciente coletivo?
Para viver este ano de forma mais leve e equilibrada, é essencial reforçar a ligação com a Mãe Natureza e com a essência do feminino — presente em todos nós, independentemente do género. É essa conexão que nos devolve serenidade, saúde e clareza em tempos de caos.
Deixo uma reflexão como semente: para curar na raiz o burnout e o cansaço, é necessário reencontrar a harmonia com o feminino interior — não em confronto, mas em acolhimento. É no feminino que reside a cura. E é por isso que precisamos de nos abrir ao acolhimento desse feminino, para estarmos em processo de autoconhecimento. Sem o feminino, é difícil abrirmo-nos à cura e ao processo de transformação.
Uma última observação importante: lembram-se de eu ter mencionado que, até maio, teríamos a oportunidade de observar padrões herdados da nossa mãe — aqueles que estão na raiz de bloqueios vividos nos últimos dois anos e meio?
Quem já conseguiu identificar o que, dentro de si, ainda o prende nesta relação com a mãe?
E para quem sentir que já chegou o momento de trabalhar a sua energia e mergulhar mais fundo no autoconhecimento, estou aqui para apoiar.
Com carinho,
Patrícia
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